O município de Alfredo Wagner está localizado em coordenadas na região do Alto Vale do Itajaí, numa área de transição entre o litoral e o planalto catarinense, distante 105 quilômetros da capital, Florianópolis. Possui uma área total de 733,4 quilômetros quadrados, onde se destaca na geografia local, os relevos da Serra Geral, Serra da Boa Vista e Serra dos Faxinais. Alfredo Wagner integra a Bacia Hidrográfica do rio Itajaí, através do afluente rio Itajaí do Sul; sendo que é em seu território, na microbacia hidrográfica do rio Caeté, que estão localizadas as nascentes do rio Itajaí. É um município predominantemente agrícola. É no ambiente rural que está concentrada a maior parte da população do município, e onde se desenvolve o cultivo da cebola, base da economia local. Antes de ser separado de Bom Retiro e declarado município em 1961, Alfredo Wagner era conhecido por “Barracão”, nome originado da sua forma de colonização, quando no século anterior os primeiros colonos, entre eles Augusto Lima, armaram barracas às margens do Rio Caeté e Adaga. Alfredo Wagner fica a 88 quilômetros da capital
CIDADE DAS CAICHOEIRAS
A gruta é um imenso salão, com 47m de comprimento e com largura de 20,5m em alguns pontos. Usando lanternas para explorar o local, pode-se notar pequenas gotinhas de água se acumulando no teto. Quando refletem a luz, essas gotinhas brilham feito pedras preciosas. Somente com a gruta iluminada é que se tem a real dimensão do local. Há algumas estalagmites e estalactites – embora se note que imensa maioria delas já tenham desaparecido, provavelmente pela ação do homem. A “fauna” do lugar é formada por insetos que são acostumados a viver na escuridão. Além da gruta, ainda existe uma cachoeira no local, com 25m de altura - sendo 12m até o nível do abrigo e mais 13m até o fundo do vale – e um altar com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. É comum a gruta atrair visitantes na Sexta-Feira Santa. O som da cachoeira contribui para deixar o local ainda mais bonito e enigmático. Sem dúvidas os Xokleng e outras fases utilizaram este bom e bonito abrigo. Informaram moradores antigos da existência de ossos humanos. Seriam dos Xoklengs? Eles praticavam cremação. Teriam sido os últimos membros da tribo? É possível. Ou seriam ossos de outras tradições ou fases? (2002, Wagner) Esse trecho pertence ao livro do alfredense Altair Wagner, chamado Alfredo Wagner: Terra, água e índios. No livro também encontram-se algumas informações acerca da gruta: Propriedade: Ivan Andersen Geologia: arenito – calcário Latitude: 27o41’618” Longitude: 49o25’071” Dimensões: Trata-se de um abrigo com área de 650m2 e com uma cachoeira de 25m, A entrada é de 30m. O piso é praticamente todo plano, com pé direito médio de 2,6m e largura máxima de 20,5m. O autor também deixa registrado como foi seu primeiro contato com o abrigo dos índios “ Em 1948, quando visitei pela primeira vez, havia lindos estalagmites e estalactites, hoje infelizmente, restam poucos e quebrados. Pelas suas dimensões e características, este sitio merece que se faça sondagens e pesquisas. É muito bonito” (2002, Wagner). Sem dúvidas é mais um lugar precioso de nossa cidade, que fascina pela natureza, arqueologia e geologia.