HISTORIA DA CIDADE
Os primeiros colonizadores a se instalarem na Ilha de Santa Catarina foram náufragos e desertores de algumas expedições marítimas. Entretanto, a fundação da cidade propriamente dita só foi ocorrer em 1675. Foi neste ano que chegou à ilha o bandeirante Francisco Dias Velho, que além de impulsionar o surgimento do povoamento, acabou tendo um fim trágico, digno de um filme de aventuras. Com Dias Velho vieram sua esposa, cinco filhos, outra família agregada, dois padres da Companhia de Jesus e mais 500 índios domesticados. O bandeirante, natural da Capitania de São Vicente (atual Santos-SP), é descrito por algum historiadores como um impiedoso caçador de índios, mas o traço mais palpável de sua personalidade era a coragem de desbravador em uma terra cobiçada por piratas de várias nacionalidades. O fundador já trazia informações sobre a existência de um pequeno comércio realizado no local onde seria instalada a cidade e sobre o espírito pacífico dos indígenas. O primeiro passo foi a construção de uma pequena igreja onde hoje está a Catedral de Florianópolis, contando com a proteção de Santa Catarina. Em seguida foi escolhida a melhor região para a vila, começando a construção de casas e iniciando-se o plantio de novas culturas.
COLONIZAÇÃO AÇORIANA
Coroa Portuguesa criou a Capitania Subalterna de Santa Catarina em 1738, passando sua vinculação de São Paulo para o Rio de Janeiro. Mas foi no período compreendido entre 1747 e 1756 que a ocupação da Ilha realmente tomou impulso. Os constantes abalos sísmicos nas ilhas do arquipélago dos Açores, em Portugal, bem como a superpopulação, serviram de estímulo para que cerca de cinco mil imigrantes açorianos fossem levados a colonizar a Ilha e o litoral catarinense. Os primeiros imigrantes a desembarcar instalaram-se na rua próxima à Igreja, que hoje é denominada Rua dos Ilhéus em sua homenagem. Aos poucos foram sendo criadas as primeiras freguesias, como a de Nossa Senhora do Rosário da Enseada do Brito, esta última no continente, em frente frente ao sul da Ilha.
A CIDADE
Florianópolis, cidade brasileira capital do Estado de Santa Catarina, conhecida também como "Ilha da Magia". Situa-se no litoral catarinense, e conta com uma parte insular (ilha de Santa Catarina) e outra parte continental incorporado à cidade em 1927, com a construção da ponte pênsil Hercílio Luz - 820 m de comprimento - que ligou a ilha ao continente. Encontra-se aproximadamente entre 20 e 40 metros de altitude.
Varrida por ventos muito variáveis, possui um clima subtropical úmido, que se caracteriza pela alternância de verões e invernos, e farta distribuição anual de chuvas. Isto em conjunto com suas 42 praias, contribuiu para que ela se tornar-se a capital turística do mercosul, pois possui um intenso movimento turístico durante todo o verão, principalmente com argentinos, gaúchos e paulistas.
Da mata subtropical, que a revestia originalmente, resta muito pouco, devido à pequena lavoura de subsistência e culturas permanentes, promiscuamente associadas pela população rural, que tem na pesca parcela importante de sua atividade.
O plano da cidade originou-se a partir da Praça XV de Novembro, que se estende até o pé da colina onde se eleva a catedral. A articulação dos bairros e subúrbios faz-se através de ruas ou avenidas, de longo e sinuoso traçado, entre o mar e as encostas dos morros. Apesar das sensíveis modificações, que construções modernas introduziram, a paisagem urbana guarda ainda muito do aspecto arquitetônico colonial.
Florianópolis é uma das três capitais insulares do Brasil. Vem se firmando cada vez mais como centro de turismo, graças às praias (Jurerê, Canasvieiras, Ingleses, Armação, e outras) que circulam a ilha e à beleza da Lagoa da Conceição, a 13 Km de distância do centro. Nos arredores da lagoa, são características as rendas de bilros, de tradição açoriana. Entre os monumentos históricos da cidade, destacam-se a casa de Vitor Meireles, os fortes e a catedral metropolitana.